quinta-feira, 26 de maio de 2011

TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR

As tendências pedagógicas realizadas no contexto atual mostram que há uma deficiência no sistema de educação por parte do emprego destas práticas, por serem rudimentares e por não inserir o conteúdo empregado no contexto do estudante, não apenas de escola pública, mas também de escolas particulares que adotam essa forma de orientação para seus alunos.
O texto de Luckesi traz diversas tendências teóricas empregadas pelas escolas como: Pedagogia liberal, tradicional, renovada progressivista, renovada não-diretiva, tecnicista, pedagogia progressista, libertadora, libertária, crítico-social dos conteúdos. Na minha formação escolar a tendência que predominou foi à tradicional e é a mais utilizada no sistema de formação escolar no Brasil.
            Sobre essas tendências, pode-se verificar que na metodologia tradicional, as aulas eram centradas no professor, colocando as aulas como expositiva e demonstrativa, realizando exercícios de fixação, como leitura e cópias. Predomina nesse ambiente a autoridade do professor que apenas transmite o conteúdo, enquanto que o aluno está ali para absorver o conteúdo não dialogando com ele e não os socializando com outras matérias.
           Os conteúdos são separados da experiência do aluno e das suas realidades sociais, toda a prática escolar não tem nenhuma relação com o cotidiano do aluno. (LIBÂNEO, 1994) A matéria de ensino é tratada isoladamente, isto é desvinculada dos interesses dos alunos e dos problemas reais da sociedade e da vida.
As tendências apresentadas se refletem no cenário atual,  cujas influências  pode-se perceber nas escolas de todo o Brasil. Agindo sozinhas cometem algumas falhas, pois trabalham rigorosamente seguindo os seus preceitos, e não conseguem encontrar um meio termo para melhor ser aplicada nas escolas.
As tendências pedagógicas liberais, ou seja, a tradicional, a renovada e a tecnicista, nunca assumiram compromisso com as transformações da sociedade, tem posturas antidemocráticas e de autoritarismo, levando a centralização do professor e a submissão do aluno.
           Enquanto que as tendências pedagógicas progressistas focam bastante na questão social, realidade do aluno e a análise critica. Segundo Libâneo, a pedagogia progressista, também chamada de teorias práticas da educação designa as tendências que, partindo de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação.
          Isso implica diferentes concepções de homem e sociedade, levando ao aluno o que a escola e o educador deveriam de fato realizar, desempenhando o seu papel de intermediador levando o conhecimento, mas também dando o suporte necessário ao aluno para ele se tornar um ser critico e tentar mudar a sociedade e a sua realidade na qual está inserido.


Referências:
LIBÂNEO, José Carlos.  Democratização da Escola Pública.  São Paulo : Loyola, 1990.
LUCKESI, Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. São Paulo: Cortez Editora, 1991.

terça-feira, 24 de maio de 2011

AULA 17/05

         


              A aula do dia 17 foi trabalhada em cima do texto de Celso Vasconcelos. Uma parte de um capitulo toca principalmente nos planejamentos e com base no planejamento de aula apresentado no texto, será elaborado o planejamento da oficina. Percebe-se que um planejamento é algo fundamental na vida de um professor para ele realizar um trabalho coerente e seguir uma linha de raciocínio.
            Sabe-se que um plano de aula não é um modelo a ser seguido rigorosamente, pois no decorrer do ano, vários fatores interferem para a mudança das aulas. Um plano de aula é uma previsão, ou seja, pode ser mudado conforme as circunstâncias do momento, a disposição dos alunos, do professor, do interesse despertado pelas atividades propostas, etc.
            Do mesmo modo que o planejamento, o plano de aula é dinâmico e deve ser adequado conforme a aula decorre buscando atender às necessidades do momento, fazendo intervenções junto aos alunos, a fim de garantir que os objetivos da aula sejam atingidos, tornando-a agradável e produtiva. Uma aula é sempre um processo coletivo, pois não existe ensino sem aprendizagem, nem aprendizagem sem ensino, assim como não existe processo ensino-aprendizagem sem uma boa relação professor-aluno.

Segunda visita ao colégio

        No dia 24/05, houve uma visita ao Colégio Estadual Mario Augusto Teixeira de Freitas, onde fomos recebidos pelo professor Tinoco de português e assistimos a 3 aulas dele. A primeira aula foi no 2° B, percebemos que a turma era inquieta, desatenta e soltava piadinhas a todo o momento. No 2° e 4° horário, assistimos às aulas na turma 2° C, na qual percebemos que os alunos são mais interessados, interagem na aula, menos bagunceiros e se mostraram bastantes receptivos conosco.
            Na aula de gramática o professor estava focando no assunto dos tempos verbais. Já na de literatura, ele focou no romantismo. Foram aulas de revisão, pois na semana seguinte teria um pequeno teste.  A partir dessa observação e de mais uma aula, iremos juntar todos os integrantes da equipe e pensaremos em uma oficina para a turma com base nos assuntos que estão sendo abordados. Iremos propor primeiramente ao professor, mostrando como será feita a oficina e depois aos alunos.


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Alienado... Quem?



         Na parte II do texto de Celso Vasconcelos, há um tópico do qual ele fala sobre a alienação do professor enquanto formador social. Ele faz uma comparação entre um professor e um operário; no mundo atual os dois estão tendo as mesmas funções, pois o professor está fazendo apenas um trabalho mecânico e não mais sendo um agente social, formador de opiniões e formando agentes críticos.
            Ele chega na sala de aula, despeja o conteúdo para os alunos e volta para a sua casa. Ou seja, ele está ali só cumprindo horário, o que a sociedade impôs a ele. Estão acomodados e alienados de que não podem mudar a realidade do qual vivem. No momento que ele vai dar o assunto, deve-se considerar a realidade do aluno, da escola e a sua própria, e isso vai fazer com que os estudantes ultrapassem os muros da escola e chegue até a sua realidade para ele poder se questionar e assim transformar.
            No texto de Vasconcelos, ele fala sobre reflexão, desse modo percebemos que a reflexão é uma ação. Refletir sobre o que iremos explicar e fazer uma programação daquilo, buscar outras formas para explicar o mesmo assunto se chama planejamento. Isso é rejeitado por boa parte dos professores que têm opiniões como "Não é preciso planejar, não é necessário e não funciona". Voltando ao texto, o autor afirma que:

"O 'bom' do trabalho mecânico, repetitivo é que não exige maiores esforços. Fazer um trabalho mais consciente, crítico, criativo, significativo, implica que o professor deve se rever, se capacitar, sai do 'piloto automático', enfrentar conflitos, etc. Se o trabalho do professor está marcado muito fortemente pela alienação, é claro, que não verá o menor sentindo no planejamento."
             
              O professor alienado não vê sentindo em planejar e isso também requer tempo. A sociedade o moldou desse jeito e ele não faz nada para mudar essa situação porque desse jeito pra ele está "bom".
            No interior deste contexto, o professor, passa a ser visto como um trabalhador assalariado que realiza um trabalho intelectual. Aqui reside o núcleo da discussão, o  paradoxal  processo  de  alienação  do educador brasileiro. As reformas educacionais empreendidas pelas autoridades instituídas a partir de 1968 tiveram por objetivo "despolitizar" o ensino e, por conseguinte, o professor. Isso significa dizer que se promoveu uma formação política ditada pelas minorias  representadas pelos organismos  de  governo.  O professor  da  escola  pública  brasileira  desconhece  sua  função  organizativa,  é necessário que este adquira a compreensão de seu papel político de intelectual orgânico.
            Não há mais a capacidade humana da ação criativa nos professores, capazes de reproduzir uma mesma tarefa por anos. O mundo muda e ele continua naquela estagnação, as  falas são de  reprodução,  dos  códigos  do  senso  comum  mais conservador.
            E ainda há o processo do distanciamento do relacionamento professor-aluno. É comum se ouvir termos referentes a determinados alunos ou turmas como “marginal” “turma  incompetente”, “aquele é um caso perdido”. Ou até falas de ironias. Quer dizer, o professor perdeu totalmente aquela função de educador e formador de opinão e agora é apenas um “operário”, um assalariado.
           Não  há  uma  identificação  de  classe  na  relação  professor-aluno,  são  colocados como  “inimigos  de  sangue”,  os  docentes  individualizam  a  culpa  dos  problemas escolares no aluno, sem compreender que ele é um agente importante dentro do  processo  educativo  e  que  cabe  a  ele  transformar  a  escola  em  um  espaço  de desenvolvimento  das  potencialidades  humanas.  Mas como  atingir  este  grau  de conscientização quando são cotidianamente iludidos a acreditarem que sua participação no espaço escolar é meramente presencial e não transformadora? Um grande desafio que para o educador sair desse grau tão elevado de alienação requer bastante reflexão do papel dele como ser humano e professor na sociedade.

AULA DIA 10/05

            Houve muitas discussões em sala principalmente em relação ao blog e aos critérios de avaliação do mesmo. Tudo que estava na folha para a avaliação foi dito no 1° dia de aula, então para mim estava muito claro. A professora tentou abrir um dialogo com os alunos e estes não foram compreensivos querendo impor sua vontade a dela. Necessita-se de um mais de educação e respeito ao docente e principalmente a vontade dela em querer a opinião dos alunos.
            A outra parte da aula serviu para se falar sobre a ida aos colégios, já que na semana seguinte não houve aula. Voltei ao colégio para tirar umas fotos e falar com a direção, porém no CENTRAL não havia ninguém na direção, coordenação e secretaria. Para não dar “viagem de balde” fui ao Colégio Mário Augusto Teixeira de Freitas e a direção mais uma vez se mostrou bastante receptiva e fui apresentada ao professor de português.
            Muito simpático o professor Tonico me falou sobre as suas aulas, o assunto que está sendo dado e que eu e meu grupo seriamos bem vindos para fazer as observações da aula e, por conseguinte uma oficina, sendo a sua turma de 2° ano do ensino médio. Depois da breve conversa tirei algumas fotos da frente do colégio, do prédio da biblioteca e da secretaria. Não pude tirar fotos de dentro do colégio pois não foi permitido.





terça-feira, 10 de maio de 2011

Bullying

             

              Um assunto tão delicado que passou a ser dado mais atenção. Bullying é algo sério e pode fazer com que a vitima se torne uma pessoa muito ressentida e atente não apenas pela sua vida, mas de outros também, muitas vezes inocentes.
            No caso da chacina na escola em Realengo, têm-se relatos que o assassino sofreu esse timo de violência na época em que estudava. E ele praticou o assassinato na mesma instituição de ensino que sofreu o bullying.
            O que fazer para evitar isso? Parece que as sugestões mais simples não dão jeito, como falar com os pais, com a direção ou até mesmo mudar de escola. E então só resta duas saídas: ficar quieto agüentando e deixar para lá ou revidar com violência e se vingar. O garoto australiano cansado de ser vitima de outro garoto que era até menor e mais magro que ele, resolveu dar um basta. Em entrevista Casey Heynes disse que na hora do golpe, intitulado “Street Fighter”, só lhe veio à cabeça os anos que passou sendo atormentado e nem mesmo pensou, apenas o fez e saiu.
            Esse momento de “glória” de Casey Heynes foi gravado e parou no youtube virando “hit”. E ele foi chamado até mesmo de herói por pessoas que sofrem ou sofreram esse tipo de violência e nada fazem ou puderam fazer. No caso de Wellington que entrou em sua antiga escola, foi para uma sala de aula e saiu atirando a esmo por quem estivesse em sua frente, contudo o alvo eram as meninas, pode ser tratado como vingança do bullying sofrido? E isso resultou em um homem atormentado que não conseguia apagar suas memórias definindo que chegara a hora de se vingar.
            A sociedade tem que tomar uma providência, igualdade e respeito ao ser humano. As escolas têm que tomar providências em relação às pessoas que praticam, levando uma punição, e as pessoas que sofrem, tendo um acompanhamento psicológico. E os pais também devem intervir, pois são seus filhos que daqui a alguns anos sairão das escolas e se tornarão profissionais e o saldo de sua passagem pela escola é que resultará em uma boa parcela do caráter dele.







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quarta-feira, 4 de maio de 2011

E no colégio...

           No dia 26/04 não houve aula e fomos informados a visitar um colégio para fazermos uma pesquisa de campo e posteriormente uma oficina. Fomos em dois colégios, o Colégio Estadual Mário Augusto Teixeira de Freitas e o Colégio Central.
            No primeiro, percebemos uma grande quantidade de alunos no turno da tarde e nos pareceu ser um colégio bem organizado. Fomos conversar com a direção e eles pareceram estar dispostos anos deixar a fazer a observação do local, porém não naquele dia estava tendo conselho de classe e fomos convidados a voltar na semana seguinte. Como somos 5 (cinco) não seria possível, segundo a direção, de ficarmos todos em uma sala para a observação de uma aula no 1° ano de Língua Portuguesa. Cada um ficaria em uma sala e depois escolheríamos uma turma para fazer a observação.
            Como não poderíamos fazer a observação naquele dia nos dirigimos para o Colégio Central. A direção foi muito receptiva, mas novamente não dava para fazer a observação devido estarmos com um documento assinado digitalmente. Eles disseram que precisariam de um documento mais confiável para liberar o colégio para nossas observações. Contudo, nos disseram que seriamos bem vindos a fazer a observação do espaço do colégio, a observação das aulas e depois a oficina.
            Devido a isso, e também ao colégio estar com parceria do PIBIT, optamos por realizar as nossas observações e oficinas no Central. Esperamos estar logo com o documento para fazer as observações do espaço físico e também das aulas e assim perceber as dificuldades dos alunos e características da turma para propor a oficina.